quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Para todas as coisas

Vaso partido
se arruma com cola
Texto mal redigido
se corrigi com corretivo

Para palavras desconhecidas
se usa o dicionário
Para espantar visitas
vassoura atrás da porta

Mas, e para o desamor?
Se usa o que?
Uma conselho, por favor!

Um pequeno, que seja
desde que me dê a paz
que meu coração deseja

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Coisa boba

Coisa boba é dizer que não ama
é dizer que fraco é quem declama
poesias, poemas, sonetos e cantos

Coisa boba é dizer que o amor não existe
é dizer que o que importa é a razão
e não dar ouvidos a nada que venha do coração

Coisa boba é ser duro o tempo todo
é dizer que nada o toca ou emociona
e rir de quem sente como se este foste tolo

Coisa boba é brincar de ser mal-amado
Se notar excluído, e dizer que pelo amor foi injustiçado
quando na verdade, não é bem este o quadro

Coisa boba é bancar o bobo
Indefeso e frágil diante do mundo
e dos pássaros, se condiderar o triste e amargurado corvo

Coisa boba é agir assim
Sem ter onde e com quem ir
Mesmo dizendo que basta-se para si

Coisa boba é relatar estes fatos
sobre alguém que ri de mim naquele retrato.
Que insiste em me lembrar dos meus maus dias
dos dias em que alegria se confundia com apatia
e saudade com dor imensa

Coisa boba é me olhar
escrevendo frases tão frias
sobre lembranças tão vazias

Coisa boba é se importar
com tudo que não volta mais
e que eu teimo em desejar

Coisa boba? Tanto faz!
Melhor ser uma pessoa desacreditada
e quando me perguntarem: E o amor?
Eu apenas vou responder: Amor? Que Nada!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Poema Sem Nome XXI

Deito-me e vejo seus belos olhos
Lembro com saudades de algo que não volta mais
Me entristeço pela falta que ainda me faz
Me desobedeço e volta a pensar em nós

Olho para o teto, o sono não vem
O arrependimento chega antes
E me desligo de mim por instantes
Depois é só silêncio

Fecho os olhos, grande erro
Vejo seu rosto e sinto o seu cheiro
Abro os olhos, vem a decepção
E aceito que era só uma ilusão

Sinto frio, vou fechar a janela e vejo a lua
Sinto o cheiro da dama da noite
E volto a ouvir você:
”Te amo e serei sempre sua”

Volto a deitar, penso em te ligar
Mas não tenho mais o numero do seu celular
Me contento em ler a ultima mensagem q me mandou
Que guardo com carinho desde que tudo acabou

Sentimentos tolos, que bagunçam o coração
Sentimentos pesados, que a tanto tempo carrego
Sentimentos puros, e que nunca nego

Penso no seu olhar
No toque de seus dedos
No toque de seus lábios
E no jeito de falar
Apenas distrações para tudo que tenho que aceitar

Não há mais amor
Não há mais dor
Somente saudades
Saudades imensas que não cabem no peito
Por isso apenas escrevo

Sem intenção que me ame
Sem intenção de que volte
Sem intenção que responda

Apenas uma declaração
Desabafo platônico
De quem não te tira da cabeça
E tampouco do coração

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que você vai ser?

Seja amor
Seja dor
Seja ardor
Seja flor

Seja calma
Seja paciente
Seja feliz
Seja inteligente

Seja obediente
Seja mandona
Seja dura
Seja mansa

Seja sol
Seja lua
Seja você
Seja sua

Seja rima
Seja prosa
Seja grande
Seja rosa

Seja assim
simples assim
Fácil assim

porque no fim
não me importa
o que você escolher ser
Só quero estar com você
e poder te ver crescer

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Auto Entrevista

Uma sensação estranha:
Ter um coração dividido em dois
Um plano fácil:
Deixar para decidir depois

Uma solução óbvia:
Abrir mão do que for incerto
Um desejo não atendido:
Estar longe quando queria estar perto

Um desejo secreto:
Arriscar, mesmo que perca
Ou ganhar mesmo que não mereça

Uma declaração final:
Se não fosse agora
O amor seria natural.