quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Poema Sem Nome XXI

Não gosto muito de sutilezas
Sempre gostei muito mais das certezas
A certeza de ser amado
A certeza de ser odiado
A certeza de dar amor
A certeza de receber a dor

Não gosto das coisas incertas
de jogos que se encaixam como peças
Não gosto das coisas elaboradas
prefiro quando tudo vem de forma simplificada

Prefiro não pensar nos planos
Aprendi isto com o passar dos anos
O amor que reside no coração
Vira outra coisa
apenas uma rápida paixão

Fogo de palha que se apaga rápido
Dor que nos dilacera e nos consomem como um rapto
Rouba o sorriso, mata a flor tão bela
e rápido como o vento, tudo leva.
Nada sobra.

Por isso gosto das coisas certas
Preto no branco, assinado e registrado
Coisa simples, coisa boba
Sem muita festa, oba-oba.
Sabe como é neh!?

Tudo dura o tempo certo, já dizia o poeta.
Tudo vem quando tem que vir, já dizia o profeta.
Prefiro não acreditar em nenhum dos dois.
Meu destino sou eu que faço, as supertições eu deixo para depois.

As vezes sou puro impulso
Pensamento rápido e força no pulso
Violência gratuita e fria?
Não, mas até que preferia.
Amar com rompantes de fúria?
Isso não me contagia.
Mesmo tendo contagiado um dia.

Por isso prefiro quando sou calmo.
Pensativo e reflexivo.
Pensando no futuro e refletindo minhas escolhas.
As vezes sou rio manso.
Me alegro e tudo que quero eu alcanço.

Mesmo que devagar
vivo minha vida.
Sem pressa de ganhar
sabe-se lá o que
sabe-se lá de quem

Desafios eu tenho muitos.
Mas encaro-os de frente
Mesmo que apareçam de repente.
E que venham mais batalhas.
Mas com uma única condição.
Não venham sutis como a maré baixa.
Venham objetivas como um trovão.
Não que eu me gabe das grandes vitórias.
Mas prefiro perder sabendo pra quem.
Do que ganhar a luta que não lutei.

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