quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

É isto!

Me cansei dos poemas que falam do amor
Do amor do cantador
Do amor de quem não amou
Do amor que alguém inventou
Por isto não quero mais falar disto

Não quero mais ler
Que o amor que fulano sentia
a beltrano não satisfazia
e que tudo acabou numa tarde vazia
e fria.

Não quero mais saber
Do amor eternizado
de Camões, de Vinícius
ou de outro apaixonado

Não quero mais ouvir
As músicas que falam do amor idealizado
Ou do desamor recém criado

Não quero mais escrever
as tristes rimas de dor com amor
ou as alegrias de um namorado
que se declara apaixonado

Não quero aqueles versos singelos
dedicados, limpos... Tão belos.
Não quero o sorriso da morena
nem da loira, nem da minha pequena.
(Não se vierem dos poemas)

Quero apenas sentir o gosto da vida
Sem rimas ou poesias.
Quero sentir o amor,
Mas não o que alguém criou,
definiu e divulgou.

Quero o amor como coisa simples,
como café da tarde
feito com suco de limão e biscoito água e sal.
Tudo muito simples, muito natural.
Este é o amor que eu quero.
Mas quero com uma condição,
Que venha depois do Carnaval!

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