Navegando no mar da inutilidade
encontro um par de velhas novidades
pessoas vacilantes a beira do precipício
tornando o que era fácil cada vez mais difícil
descubro um disco voador
que dá voos rasantes em volta do cristo redentor
um pedido de socorro que só eu vi
e que se desfez antes mesmo de partir
trocentos anos se passaram
e as coisas continuam sem mudar
uma nova paisagem, um novo lugar
é tudo igual ao que já estava lá
mudam-se os nomes
mudam-se os rostos
mudam-se os seios
mudam-se os gostos
mas tudo é em vão
o que importa não muda não.
A alma é a mesma
A ignorânica é a mesma
Os gestos os mesmos
As promessas as mesmas
O escritor sou eu
mas os fatos não sou eu que faço
não sou eu que mudo.
As paranóias sim.
Essas fazem parte de mim.
Raphael ... adorei!!!
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